segunda-feira, 4 de junho de 2012

A Fauna


A Caatinga é um ecossistema pobre, abrigando poucas espécies endêmicas e, portanto, de baixa prioridade para conservação é errônea e tem origem em seu aspecto visual devido a sua forma de adaptação à seca. Esse mito vem sendo empobrecido à medida que estudos são realizados na região e novas espécies endêmicas de plantas e animais são constantemente descritos. Cerca de 327 espécies animais são endêmicas (exclusivas) da Caatinga. São típicos da área 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. Entre as plantas há 323 espécies endêmicas. Constituída por diversos tipos de aves, algumas endêmicas do Nordeste, como o patinho, chupa-dente, o fígado, além de outras espécies de animais, como o tatu-peba, o gato-do-mato, o macaco prego e o bicho preguiça. Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.


Aves

Arara Azul de Lear

Chupa dente

Jacu Verdadeiro

Pícui


Periquito Vaqueiro

Peixes
Foram amostradas quatro localidades neste ecossistema, com média de 07 espécies amostradas por local. Foram registradas espécies não-nativas e uma espécie exótica de tilápia. Além da introdução de espécies, a formação de pequenas represas para irrigação constituíram-se nas maiores formas de agressão à ictiofauna.

Anfibíos
              A Caatinga ainda guarda muitos segredos sobre a sua fauna, como no caso dos anfíbios, grupo que tem como habitat ambientes úmidos, e que desenvolveram adaptações morfológicas e fisiológicas que lhes permitem sobreviver maiores períodos sem água.  Uma das menores espécies de crocodilianos, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), que chega a 1,5 m de comprimento, habita as margens dos riachos e é endêmica da Caatinga.

Sapos Pleurodema diplolistris passam os 10 ou 11 meses anuais de seca enterrados na areia

Pleurodema diplolistris

Corythomantis greeningi

Leptodoctylus troglodytes


Répteis
Lagartos e Serpentes típicos deste ambiente:

Falsa Coral

Tropidurus cocorobensis 

Ameiva


Mamíferos
      Há quem não acredite que existam muitos mamíferos na Caatinga. São 148 espécies registradas, das quais 19 endêmicas.

Onça Pintada

Jaguatirica


Macaco Prego

Gato do Mato


Gambá

Capivara

Onça Parda

Queixada

Raposa

Tatu Peba

Veado Catingueiro





O Clima


        clima da caatinga é chamado de semiárido. São características desse tipo a baixa umidade e o pouco volume pluviométrico, ou seja, uma quantidade reduzida de chuvas. Já falamos sobre isso neste texto antes, mas vamos reforçar, pois se trata de um aspecto fundamental da caatinga: são longos os períodos de ausência de chuvas, podendo chegar a oito ou nove meses de seca por ano.
        Este clima irregular influencia o curso dos rios, que secam em determinadas épocas; diminui a disponibilidade de água para plantas, animais e para os homens; aumenta a aridez do ambiente. O clima é então um fator determinante na caatinga: ele acaba definindo a paisagem e os hábitos dos moradores deste bioma.

A Água


Os rios que fazem parte da caatinga brasileira são, em maioria, intermitentes ou temporários. Isto quer dizer que estes rios secam em períodos em que não chove. No caso deste bioma, onde há escassez de chuva durante maior parte do ano, os rios que nascem na região ficam secos por longos períodos. Rios que nascem em outros lugares, como o São Francisco e o Parnaíba, são fundamentais para a vida na caatinga, pois atravessam os terrenos quentes e secos em seu caminho para o mar. Estes rios são tão importantes que deram nome a duas bacias hidrográficas que banham o território: a Bacia do Rio São Francisco e a Bacia do Rio Parnaíba. A Bacia Costeira do Nordeste Oriental também está localizada nesta região.
Para enfrentar a falta de água nas estações secas, os moradores da caatinga constroem poços, cacimbas e açudes. Mesmo com estes mecanismos, na maior parte das vezes, só conseguem obter água salobra, imprópria para consumo.

O Solo


De forma geral, o solo é raso, rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria é prejudicada pelo calor e a luminosidade, intensos durante todo ano na caatinga. Fragmentos de rochas são frequentes na superfície, o que dá ao solo um aspecto pedregoso. Este solo com muitas pedras dificilmente armazena a água que cai no período das chuvas.
A presença de minerais no solo da caatinga é garantia de fertilidade em um ambiente que sofre com a falta de chuvas. Por isso, nos poucos meses em que a chuva cai, algumas regiões secas rapidamente se transformam, dando espaço a árvores verdes e gramíneas.




A Flora


Flora
Quando falamos em caatinga sempre vem às nossas cabeças a imagem de um ambiente árido, seco, com árvores quase sem folhas e esbranquiçadas. Bom, realmente é assim que a vegetação da caatinga se apresenta em grande parte do ano. Entretanto, em época de chuvas, a caatinga muda seu aspecto: a paisagem fica verde e aparecem até flores. A vegetação da caatinga é composta por plantas xerófitas. Isto porque ela é formada por espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade. No bioma são comuns árvores baixas e arbustos. Espinhos estão presentes em muitas espécies vegetais. Nos cactos, por exemplo, eles são folhas que se modificaram ao longo da evolução, fazendo com que a perda de água pela transpiração seja menor. Ainda para evitar a perda de água, algumas plantas simplesmente perdem suas folhas na estação seca. Por isso, parece que toda a vegetação está morta, sem folhas, sem verde, só caules e troncos secos e retorcidos. Mas não está. Na verdade, as plantas permanecem vivas, utilizando, por exemplo, suas raízes bem desenvolvidas para obter água armazenada no solo. Outras espécies desenvolvem raízes na superfície, o que lhes permite, no período das chuvas, absorver o máximo possível da água que cai sobre os terrenos. Existem espécies que apresentam outra solução para o problema: elas mesmas armazenam água. É o caso dos cactos. Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga. Mas não são os únicos representantes. Mesmo com o curto período de chuvas, existe uma variedade de espécies vegetais. Entre elas estão o mandacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira.

Secas

Chuvas

     A vegetação da caatinga é composta por plantas xerófitas. Adaptadas ao clima seco a á pouca quantidade de água Isto porque ela é formada por espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. No bioma são comuns árvores baixas e arbustos.
A vegetação é formada por três estratos
•Arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura;
• Arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros;
•Herbáceo, abaixo de 2 metros.
•Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.

Amburana


Mandacaru

Cactus Quipá

Xique-xique

       Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga. Mas não são os únicos representantes. Mesmo com o curto período de chuvas, existe uma variedade de espécies vegetais. Entre elas estão o mandacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira.





quarta-feira, 9 de maio de 2012

Região onde predomina a Caatinga

     
        A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.